Novidade da Semana- O espírito natalino

 O mês de novembro está se aproximando, mas já podemos perceber que algumas lojas e a mídia já estão focadas em promover um dos eventos mais movimentados do mundo comercial: o natal. Para muitos o natal é época de se comprar descontroladamente, de se ganhar presente, de se passar por estresse de fim de ano. Os meios de comunicação promovem isso, se aproveitam de tradições para movimentar a economia e vender mais. 
 A tradição de se presentear as pessoas vem de muito tempo e é baseada na história em que os reis magos trazem presentes a Jesus logo após o seu nascimento. Essa tradição tem distorcido de forma brutal o verdadeiro sentido do natal. Pessoas passam a desprezar o espírito natalino, uma vez que tem de se preocupar muito mais com outras situações geradoras de estresse. O amigo secreto do trabalho, o pagamento final, os presentes da família e loucura do anfitrião da festa de natal muitas vezes são ocasiões causadoras de desconforto. 
 Mas aonde entra a mídia nessa história? A mídia nos lembra constantemente que estamos nos aproximando desta data comemorativa, nos bombardeia com comerciais e símbolos natalinos. Até certo ponto não há nenhum problema, o problema maior está em como as pessoas reagem a tantos estímulos e como a mídia manipula-os. No final, tudo não passa de uma estratégia para conseguir lucro, apesar de haver boas intenções.
 O verdadeiro espírito natalino não está em nenhuma imposição religiosa ou comercial. O espírito natalino consiste em aproveitar esta comemoração para refletirmos sobre nosso ano e confraternizarmos com as pessoas que gostamos. Natal é um tempo de paz ou pelo menos assim deveria ser. Enfim, o verdadeiro sentido do natal é definido pelas pessoas, se adequando ás crenças de cada um, ou até mesmo a falta dela.

Por: Beatriz Lopes
Anjo no nome, Angélica na cara


Anjo no nome, Angélica na cara
Isso é ser flor, e Anjo juntamente
Ser Angélica flor, e Anjo florente
Em quem, se não em vós se uniformara?

Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente
Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como Anjo sois dos meus altares
Fôreis o meu custódio, e minha guarda
Livrara eu de diabólicos azares

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda
Posto que os Anjos nunca dão pesares
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda


ANÁLISE:
 Vemos que neste poema, há as contradições: "céu x terra", ao se refirir a mulher chamada Angélica e ao Anjo. Percebemos que o eu-lírico está sendo persuadido quanto à beleza da mulher Angélica, quanto a isto há no último verso, a "verdade" que ele vê, que na verdade esta beleza está o ipnotisando e o levando a um "mal caminho".

UM POUCO DE GREGÓRIO DE MATOS:
Dito como "Boca do Inferno", viveu no século XVII e é considerado um dos melhores ou o melhor poeta do barroco brasileiro.

Por: Andressa Martins